Resumo:
O Brasil participa em aproximadamente 29% da exportação mundial de café, sendo 15% de “café especial”. A maior parte da exportação é composta por café commodity, influenciando a orientação da cadeia de valor por um paradigma de troca. Esse cenário tem mudado com a introdução de cafeterias especializadas, cápsulas para consumo domiciliar e demanda por um produto mais artesanal. Um paradigma de criação de valor ao longo da cadeia passa a impulsionar processos de produção, com objetivo não apenas de diferenciação por meio de grãos e processos superiores, mas também de experiências únicas construídas. Este artigo foi desenvolvido por meio de análise de conteúdo de 15 anos de notícias de dois jornais brasileiros. Além disso, foram entrevistados proprietários de cafeterias, produtores de café, cooperativas, intermediários e reguladores. Concluímos que a cadeia de valor passa por desafios para atingir uma mudança com objetivo de maior geração de valor em uso para todos os envolvidos.