Em razão de diferentes tipos de manejo utilizados na cafeicultura, o presente trabalho teve como objetivo quantificar as alterações de alguns atributos físicos de um Latossolo Vermelho-Amarelo cultivado com cafeeiro, após quatro anos da implantação, no Sul de Minas Gerais, sob três sistemas de manejo em comparação à mata nativa. Foram avaliados os seguintes sistemas de manejo: lavoura cafeeira com mecanização (CCM), lavoura cafeeira sem mecanização (CSM), lavoura cafeeira sob sistema adensado (CA) e mata nativa (MN), utilizada como referência. Foram coletadas amostras indeformadas, com o auxílio de um amostrador de Uhland e anéis de alumínio de 6,35 cm de diâmetro por 2,54 cm de altura, nas profundidades de 0–3 e 15–18 cm, sendo esta última a camada de máxima resistência mecânica determinada previamente por penetrometria. As amostras foram retiradas em duas posições nas lavouras cafeeiras, sendo na linha de tráfego das máquinas e na projeção da copa dos cafeeiros, nos manejos CCM e CSM; no centro das entrelinhas e na projeção da copa do cafeeiro, no manejo CA; e aleatório, na mata nativa, com quatro repetições, totalizando 56 amostras. Os atributos físicos avaliados foram densidade do solo (Ds), densidade de partícula (Dp), resistência do solo à penetração (RP), volume total de poros (VTP), macroporosidade (Ma), microporosidade (Mi) e relação Ma/Mi. O sistema de café com mecanização alterou as propriedades físicas, na posição de linha de tráfego de máquinas, indicadas pelo aumento da densidade do solo e resistência do solo à penetração e pela redução do volume total de poros, macroporosidade e da relação macro/microporosidade, quatro anos após o plantio. Comparando as profundidades, o sistema de café com mecanização apresentou menores valores de macroporosidade e relação macro/ microposidade e maiores valores de microporosidade e resistência do solo à penetração, na profundidade de 0–3 cm, quatro anos após o plantio.
In view of the different managements used in coffee production, this study aimed to quantify the changes of some physical properties of an Oxisol under four-year-old coffee, in southern Minas Gerais. Three management systems were compared to native forest. The following management systems were evaluated: mechanized coffee production (CCM), coffee without mechanization (CSM), dense coffee plantation (CA) and native forest (MN) as reference. Undisturbed samples were collected with an Uhland sampler and aluminum rings (diameter 6.35 cm, height 2.54 cm), from the layers 0–3 cm and 15–18 cm; in the latter the maximum mechanical resistance had been previously determined by a penetrometer. The coffee plantations were sampled at two points, i.e., in the wheel track and under the trees (canopy projection) under CCM and CSM management, in-between coffee rows and under the trees under CA management, and randomly in native forest, with four replications, totaling 56 samples. The physical properties soil bulk density (BD), particle density (Dp), soil resistance to penetration (RP), total pore volume (VTP), macroporosity (Ma) and microporosity (Mi) and Ma/Mi ratio were evaluated. The mechanized coffee system affected the physical properties in the wheel track, as indicated by increases in soil density and soil penetration resistance and reduced total porosity, macroporosity and Ma/Mi ratio, four years after planting. In the 0–3 cm layer, macroporosity and Ma/Mi ratio were lower in the mechanized coffee system and microporosity, and penetration resistance higher than in the deeper layer, four years after planting.