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Em 1963, a tendência de baixa dos preços do café, que há anos vinha sendo a característica do mercado internacional, desapareceu, substituída pela de alta, a partir de setembro, que ainda perdurava quando o ando findou. As causas dessa inversão já foram apontadas: por um lado, a entrada em vigor de Acordo Internacional do Café, por outro, a ocorrência de adversidade climática (seda e geada) na região centro-sul do Brasil, onde se localizam as principais lavouras cafeeiras do País. O mérito fundamental deve ser atribuído ao Acôrdo porque, não obstante as adversidades climáticas que afetaram a produção brasileira na safra futura e talvez na subseqüente, as disponibilidades do produto (produção corrente mundial e estoques, em especial os do Brasil) são mais que suficientes para o atendimento da procura mundial. Se, pois, apesar de não haver escassez de café, os preços se elevam e a tendência de alta perdura, é porque se vai firmando a convicção de que as cotas de exportação estabelecidas pela Organização Internacional do Café serão respeitadas e não elevadas arbitrariamente, - de modo a provocar oferta excessiva e tumultuada. |
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