A broca-do-café, Hypothenemus hampei, é uma das principais pragas da cultura e seu controle é feito principalmente com produtos à base de endossulfan, classificados como extremamente tóxico e perigoso ao meio ambiente. Como medida alternativa para o manejo da praga, o uso de extratos vegetais pode se tornar uma alternativa. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de repelência de extratos vegetais aquosos e etanólicos de M. oleifera e T. purpurea (sementes, folhas e raízes) e M. azedarach, N. oleander e A. indica (apenas folhas). O efeito de repelência foi avaliado em testes com chance de escolha, entre frutos tratados e não-tratados. Todos os extratos etanólicos possuem ação repelente, sendo maior para M. oleifera (raiz) e T. purpurea (semente). Os extratos aquosos, M. oleifera (folhas e semente) e N. oleander (folhas) apresentaram os maiores índices de repelência. Apenas os extratos de T. purpurea (folhas) e M. azedarach (folhas) não apresentaram efeito repelente. Para os extratos etanólicos de T. purpurea (raiz) e A. indica (folhas) e aquosos de N. oleander (folhas), M. oleifera (semente), T. purpurea (folhas e semente), A. indica (folhas) e M. azedarach (folhas), mais de 47,5 % das brocas não penetraram nos frutos. Isto pode estar relacionado com a presença de compostos voláteis liberados e que podem ter impedido os adultos de localizar os frutos não-tratados. Este é um dos primeiros estudos da ação de extratos vegetais sobre a broca do cafeeiro e mostra que além do potencial de uso destes produtos, existe a necessidade de mais pesquisas e desenvolvimento de metodologias para selecionar extratos que sejam eficientes a campo.
The coffee berry borer, Hypothenemus hampei, is one of the most important coffee crop pest and its control is mainly made by endosulfan, classified as extremely toxic and harmful to the environment. The plant’s extracts can be an alternative control in pest management. Thus, the purpose of this study was to evaluate the effect of repellency of aqueous and ethanolic plant extracts of M. oleifera and T. purpurea (seeds, leaves and roots) and M. azedarach, N. oleander and A. indica (leaves only). The repellency was evaluated in choice tests between fruit treated and untreated. All ethanol extracts have repellent action, and the highest was M. oleifera (root) and T. purpurea (seed). For the aqueous extracts, M. oleifera (leaves and seed) and N. oleander (leaves) showed the highest levels of repellency. Only extracts of T. purpurea (leaves) and M. azedarach (leaves) showed no repellent effect. For the ethanol extracts of T. purpurea (root) and A. indica (leaves) and aqueous N. oleander (leaves), M. oleifera (seed), T. purpurea (leaves and seeds), A. indica (leaves) and M. azedarach (leaves), more than 47,5% of the coffee borer did not penetrate the fruit. This could be related with the presence of volatil componds that were released and prevented the adults to find untreated fruits. This is one of the first studis of plant extracts effects on coffee berry borer and showed that beside the potential of the used of these products, there are the necessities of more researches and methodologies development for extracts selection effective in the field.