Várias cultivares desenvolvidas em programas de melhoramento genético de café no Brasil apresentavam resistência completa à ferrugem, mas com o surgimento de novas raças, estas cultivares apresentam, atualmente, diferentes níveis de resistência. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência à ferrugem em cultivares de café desenvolvidas pelos institutos de pesquisa do Brasil no Estado do Paraná. As avaliações da resistência foram para a população local de raças de ferrugem presentes em Londrina e em Congonhinhas em condições de alta intensidade da doença em campo nos anos de 2009 e 2010. As cultivares avaliadas foram desenvolvidas pela EPAMIG/UFV, IAPAR, IAC e MAPA/PROCAFÉ. Como padrão resistente foi utilizada a ‘Iapar-59’ e como padrões suscetíveis foram usadas ‘Catuaí Vermelho IAC 144’ e ‘Bourbon Amarelo’. Os experimentos foram instalados no delineamento experimental em blocos ao acaso com 3 repetições e parcelas de 10 plantas. Para a avaliação da resistência foi utilizada uma escala de notas variando de 1 a 5, baseada na intensidade da ferrugem. As cultivares Catiguá MG 1, Catiguá MG 2, Iapar-59, IPR 98, IPR 104, Palma II, Paraíso H-419-10-6-2-5-1, Paraíso H-419-10-6-2-10-1, Paraíso H-419-10-6-2-12-1, Pau Brasil MG 1 e Sacramento MG 1 apresentaram resistência completa à ferrugem em Londrina e em Congonhinhas. As cultivares derivadas do germoplasma Catucaí foram suscetíveis ou apresentaram níveis diferentes de resistência parcial. Em vários cafeeiros derivados do “Híbrido de Timor” foi observada a resistência parcial à ferrugem. ‘Acauã’ e ‘Obatã IAC 1669-20’ apresentaram resistência completa em Londrina, porém foram parcialmente resistentes em Congonhinhas, indicando que diferentes raças de ferrugem ocorreram nesses dois locais.
Several cultivars developed by coffee breeding programs in Brazil presented complete resistance to rust, but with the emergence of new races, these cultivars show, currently, different levels of resistance. The aim of this study was to evaluate the resistance to rust in coffee cultivars developed by research institutes of Brazil at Parana state. Resistance to the local leaf rust races was assessed in high disease intensity field conditions at Londrina and Congonhinhas in the years 2009 and 2010. The cultivars were developed by EPAMIG/UFV, IAPAR, IAC and MAPA/Procafé. Such as resistant standard ‘Iapar- 59’ was used and such as susceptible standards ‘Catuaí Vermelho IAC 144’ and ‘Bourbon Amarelo’ were used. The experimental design was in randomized blocks with three replications and plots with 10 plants. A scale from 1 to 5 based on rust intensity, was used to evaluate resistance. Cultivars Catiguá MG 1, Catiguá MG 2, Iapar-59, IPR 98, IPR 104, Palma II, Paraíso H-419-10-6-2-5-1, Paraíso H-419-10-6-2-10-1, Paraíso H-419-10-6-2-12-1, Pau Brasil MG 1 and Sacramento MG 1 presented a complete resistance to rust at Londrina and Congonhinhas. Cultivars derived from the germplasm Catucaí were susceptibles or showed different levels of partial resistance. In several coffees derived from “Hibrido de Timor” partial resistance to rust was observed. ‘Acauã’ and ‘Obatã IAC 1669-20’ presented complete resistance at Londrina, but at Congonhinhas were partially resistants, indicating that different rust races have occurred in these two locations.