Estudos sobre os processos de desenvolvimento e formação de estruturas de penetração por Colletotrichum gloeosporioides já foram reportados, porém, até o momento, poucas informações foram relatadas a respeito da reprodutibilidade dos sintomas em folhas. Os objetivos deste estudo foram reproduzir sintomas em folhas de cafeeiro após a inoculação com C. gloeosporioides e verificar a diferença entre os cultivares de cafeeiro quanto à susceptibilidade ao fungo. Folhas jovens de 13 cultivares de cafeeiro com aproximadamente um ano e meio de idade foram inoculadas com o isolado (I-12) de C. gloeosporioides. Quatro folhas de cada planta foram feridas com auxílio de esponja abrasiva e inoculadas por com suspensão de conídios (106 conídios/ml). Outras quatro folhas da mesma planta foram inoculadas com água destilada e esterilizada, sendo consideradas testemunhas. Todos os tratamentos foram mantidos em câmara úmida isolada, utilizando saco de polipropileno, dispostos em delineamento inteiramente casualizado e sob condições controladas. C. gloeosporioides mostrou-se patogênico, induzindo lesões foliares necróticas deprimidas de coloração marrom escura e com presença de massa conidial. A incidência média das lesões ao sétimo dia após a inoculação apresentou variabilidade, mostrando ausência de sintomas para os cultivares IPR 97, IPR 98 e IPR 102 e 56% de incidência para o cultivar observado como o mais susceptível, IPR 100. No 14o dia, a incidência média de lesões variou de 6,25% no cultivar IPR 102 a 63% para o IPR 100. Estes resultados demonstram a amplitude quanto ao aparecimento da doença e ressaltam a existência de variabilidade genética entre os cultivares.
Studies on the infection process and formation of structures of penetration by Colletotrichun gloeosporioides have been reported; however, few information on the reproducibility of symptoms on leaves have been reported. The objectives of this study were to reproduce symptoms on coffee leaves after inoculation with C. gloeosporioides and to evaluate the difference among 13 coffee cultivars for the susceptibility to the fungus. Young leaves of one and half years old coffee plants were inoculated with the isolated I-12 of C. gloeosporioides, donated by Dr. Mário Sobral, of University Federal of Lavras, MG. Four leaves of each plant were injured with the aid of abrasive sponge and inoculated with a 106 conidia/ml spore suspension. The check plants included another four leaves of the same plants inoculated with sterile distilled water. All treatments were kept isolated in a moist chamber by using polypropylene bags. The arranged of the experiment were completely randomized under controlled conditions. The I-12 isolate of C. gloeosporioides was pathogenic; by inducing necrotic, depressed and dark brown leaf lesions with presence of conidial mass, unlike the control leaves. The average incidence of lesions on the seventh day after inoculation showed variability, showing no symptoms for IPR 97, IPR 98 and IPR 102 cultivars and 56% incidence observed for the cultivar as the most susceptible, IPR 100. In 14 days, the average incidence of lesions ranged from 6.25% in the 'IPR 102 to 63% for IPR 100. These results demonstrate the amplitude and the onset of disease and underscore the existence of genetic variability among cultivars.