Esse trabalho procura analisar a cafeicultura orgânica sob a perspectiva de seus custos de produção e, por conseguinte, de sua viabilidade. Os objetivos principais são: 1) caracterizar produtores de café orgânico do país; e 2) diagnosticar as vantagens e desvantagens desse sistema de produção em termos de custos e aspectos socioambientais. Entrevistas semi-estruturadas foram utilizadas para diagnosticar a agricultura orgânica quanto à viabilidade da sua produção. Foram entrevistados 14 produtores de Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia. Buscou-se por informações que esclarecessem o tipo de certificação, área plantada, comercialização, motivo pelo qual passou para o manejo orgânico, produtividade, colheita, mão-de-obra, custo de produção, preço e forma de comercialização. Foram também entrevistados representantes de de outros segmentos da cadeia produtiva do café, bem como de instituições de ensino, pesquisa e extensão rural. Para a sustentabilidade econômica do café orgânico foram identificados vários desafios, Principalmente no tocante à comercialização. Em relação ao manejo convencional, os pequenos e médios agricultores estariam em vantagem devido ao processo certificador, porém a manutenção no mercado internacional requer combinação de escala, alta qualidade e boas cotações. Aos cafeicultores que destinam seu produto somente ao mercado interno, o principal desafio é encontrar formas seguras de escoar o produto, levando em consideração o respeito a valores sociais e ambientais.
This paper analyzes the organic coffee from the perspective of their production costs and therefore its viability. The main objectives are: 1) to characterize organic coffee producers in the country, and 2) diagnosing the advantages and disadvantages of this system in terms of production costs and environmental aspects. Semi-structured interviews were used to diagnose organic agriculture on the feasibility of its production. We interviewed producers in Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul and Bahia. We attempted to clarify the information by type of certification, acreage, marketing, why now for the organic management, productivity, harvest, manpower, production cost, price and marketing. We also interviewed representatives from other segments of the coffee production chain, as well as educational institutions, research and extension. For the economic sustainability of organic coffee were a number of challenges, primarily with regard to marketing. Compared to conventional management, small and medium farmers would be at an advantage because of the certification process, but maintenance on the international market requires a combination of scale, high quality and good prices. Growers who designed your product only to the internal market, the main challenge is to find safe ways to dispose of the product, taking into consideration the respect for social and environmental values.