A poda é uma das principais práticas adotadas no cultivo do conilon para obtenção de altas produtividades, com menor bienalidade da produção e maior longevidade da lavoura. Todavia, o manejo da poda não é simples e se feito de forma incorreta, principalmente no momento de se renovar as lavouras, pode comprometer a produção. O objetivo deste trabalho foi evidenciar que é perfeitamente possível renovar a lavoura de conilon, formando brotos uniformes e vigorosos, e, simultaneamente, garantir produtividades satisfatórias. Utilizou-se de uma lavoura adulta (sete anos), com 16 mil hastes/ha, no espaçamento de 2,5 x 1,0 m, terceira colheita, sendo cada linha composta por um único clone. Os tratamentos foram dispostos no delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições. Utilizaram-se seis clones diferentes (tratamentos), sendo dois de maturação precoce (clones 03 e 67), dois de maturação intermediária (clones 16 e 120) e dois de maturação tardia (clones 19 e 76), que foram colhidos em maio, junho e julho, respectivamente, e todos podados em julho/2006. Imediatamente após a poda, a lavoura permaneceu com 8.000 hastes produtivas por hectare (2 hastes/planta) e sem brotos. Em seguida, foram feitas duas desbrotas (outubro e dezembro), selecionando-se três brotos uniformes por planta, para a renovação da lavoura. Avaliaram-se a altura e o diâmetro da base dos brotos durante toda a estação de crescimento. No ano seguinte (2007), a produtividade das hastes velhas foi quantificada e a poda foi feita na mesma data. Em 2008, realizou-se a primeira colheita nas novas hastes. Com a adoção desse manejo verificou-se que os brotos formaram-se com excelente qualidade a julgar-se pela razão diâmetro:altura próxima a 0,013 (média de seis clones), ao longo de toda a estação de crescimento. Simultaneamente à formação dos brotos, a produtividade das hastes “velhas” foi de 46,5 sc/ha (média de seis clones) e a primeira produção da lavoura renovada, em 2008, foi de 50.0 sc/ha. Esses resultados mostram que não é necessário recepar a lavoura para renová-la.
Pruning is one of the most important practices used in conilon crops to reach high productivities. Moreover, it reduces biennial production effect and contributes for the greater coffee plants longevity. However, pruning management are not a simple practice, so conilon yields may be compromised if pruning is not correctly applied, specially on the moment to renew old coffee crops. This work aim to evidence that is perfectly possible the renewing of old conilon crops, with vigorous and uniform replacement stems and simultaneously to achieve satisfactory coffee yield. It was used a seven- year-old coffee plantation, 2.5 x 1.0 m spaced, third harvested time, being each row composed by an unique clone. Treatments were arranged in a complete randomised block design with four replicates. The treatments were: two early fruit ripening clones (clone 03 and 67), two intermediate fruit ripening clones (clones 16 and 120) and two late fruit ripening clones (clones 19 and 76), which were harvested by May, June and July, respectively, and all of then were pruned at July, 2006. After pruning, coffee plantation remained with 8.000 old stems per hectare (2 stems/plant) and without any suckers. At both October and December, two debranching operations were employed, and simultaneously three new uniform stems (replacement stems) were selected per plant. The growth of such stems was monthly measured, from October to February. In the next year (2007), the yield of that old (two) stems (per plant) was quantified and after that they were cut of (pruning), at July. On the next year (2008), the new-two years old stems were harvest for the first time. Such pruning management allowed a high quality stems regrowth to be formed as could be judged by the diameter: stem height ratio nearly to 0.013 (mean of six clones), along all growing period (from October to February). Simultaneously to the new stems formation, that two old stems yielded an about 46.5 bags per hectare (mean of six clones) and the first yield of renewed stems was about 50.0 bags per hectare. Such results indicate that is not necessary to completely stumping all old stems to renew coffee crop.