Os nematóides das galhas pertencem ao gênero Meloidogyne e causam grande impacto econômico sobre a produção de café em diversas regiões do país. Nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, as espécies Meloidogyne exigua, M. paranaensis, M. incognita têm afetado as plantações de maneira significativa. Os métodos de controle mais recomendados para estes patógenos são as variedades resistentes e a rotação de culturas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de clones de Coffea canephora da cultivar ‘Vitória - Incaper 8142’ e os clones 14 (tolerante a seca) e 22 (não tolerante a seca) a diferentes populações de Meloidogyne spp. (M. paranaensis e M. incognita raças 1 e 3 e populações avirulenta e virulenta de M. exigua) provenientes de diferentes regiões da cafeicultura brasileira. A cultivar de cafeeiro Catuaí Vermelho IAC 81 foi utilizada como testemunha. As plantas foram inoculadas com 5.000 ovos/planta. A avaliação foi realizada 8 meses após inoculação, sendo quantificadas o número de galhas e massas de ovos e o fator de reprodução (FR). Foi utilizado como critério de resistência (FR<1,0) e suscetibilidade (FR≥1.0). Os resultados indicaram para M. paranaensis que os clones provenientes do Incaper: 2V, 3V, 6V , 7V, 13 V e clone 14 foram altamente resistentes. Em relação a M incognita raça 3 (Londrina) apenas o clone 14 foi considerada altamente resistente. Com respeito a M. incognita raça 1 (Avilândia), sete clones foram consideradas altamente resistentes (2V, 3V, 6V, 8V,13V e Clone 14). Quanto aoMeloidogyne exigua avirulento, a maior parte dos clones foi altamente resistente, com exceção dos clones 10V e 13V, embora tenham apresentado FR baixos quando comparados com a testemunha. Quanto ao M. exigua virulento, uma parte dos clones foi resistentes (1V, 2V, 4V, 5V, 7V, 9V, 11V, 12 V e clone 14 ) e seis clones foram suscetíveis (3V, 6V, 8V, 10V, 13V e 22). Pode-se concluir que existem fontes de resistência genética em variedades do grupo Conilon a M. paranaensis , a M. exigua e a populações de M. incognita e que o clone 14 (resistente a seca) foi altamente resistente a todas as espécies e populações de Meloidogyne do cafeeiro aqui estudadas neste trabalho.
The root–knot nematode, genus Meloidogyne, causes great economic impact on the production of coffee in Brazil. In the states of Paraná, São Paulo, Minas Gerais and Rio de Janeiro, Meloidogyne exigua, M. paranaensis, M. incognita cause the greatest yield losses and are the limiting factor for coffee cultivation in certain areas in Brazil. The most recommended methods of control for these pathogens are resistant varieties, crop rotation or organic matter applications. The objective of this study was to evaluate the resistance of Coffea canephora clones group "Conilon Vitória - Incaper 8142 and the clone 14 (drought resistant) and 22 (not drought resistant) to different populations of Meloidogyne spp. (M. paranaensis, M. incognita races 1 and 3 and avirulent and virulent populations of M. exigua) from different regions of coffee in Brazil. The cultivar Catuaí Vermelho (IAC 81) was used as control. The plants were inoculated with 5,000 eggs/plant. The evaluation was done 8 months after inoculation, and the number of galls, egg masses and the reproduction factor (RF) were evaluated. The criteria used to evaluate resistance were RF <1.0 and susceptibility, RF ≥ 1.0. The results indicated for M. paranaensis that clonal varieties 2V, 3V, 6V, 7 V, 13 V and clone 14 were highly resistant. For M incognita race 3 (Londrina), only cultivar clone 14 was considered highly resistant. Concerning M. incognita race 1 (Avilândia), seven varieties were highly resistant (2V, 3V, 6V, 8V, 13V and clone 14). For avirulent Meloidogyne exigua, several clones were highly resistant, with the exception of clones 10V and 13 V, although RF presented low resistance when compared with control. For the virulent M. exigua, some of the clones was resistant (1V, 2V, 4V, 5V, 7 V, 9V, 11v, 12V and clone 14) and six clones were susceptible (3V, 6V, 8V, 10V, 13V and 22). It was concluded that there are sources of genetic resistance in the varieties of group Conilon to M. paranaensis, M.exigua and one population of M. incognita. The clone 14 was resistant to all species and populations of Meloidogyne from coffee evaluated in this study.