O café é um alimento funcional que congrega características importantes para a prevenção de algumas doenças e manutenção da saúde. A essa bebida, vários estudos atribuem o papel de protetora contra a ocorrência de diabetes tipo 2 (DM2). Assim, os objetivos deste estudo são verificar a associação da ingestão de café com aspectos sócio-comportamentais e risco de ocorrência de DM2 em indivíduos adultos residentes no Distrito Federal, e conhecer melhor o efeito do café sobre as respostas glicêmica e insulinêmica, pela realização do Teste Oral de Tolerância à Refeição (MGTT). Esse é um estudo transversal com amostra de 71 indivíduos não diabéticos, com e sem antecedentes familiares de DM2, convidados a realizarem o MGTT. Aos participantes, todos consumidores regulares de café, foi dado um desjejum com 75g de carboidratos. Foi coletado sangue nos tempos -10, 0, 10, 15, 30, 60, 120, 150 e 180 minutos. Foram aferidos peso e altura para o cálculo do IMC. O padrão de consumo de café e aspectos sócio- comportamentais foram obtidos por questionário aplicado durante o MGTT. Pode-se verificar que não houve diferença significativa entre os grupos de consumo de café e a idade, prática de atividade física, tabagismo e ingestão de bebidas alcoólicas. Pode-se verificar nas curvas insulínicas, conforme a ingestão de café e o IMC, que os maiores picos médios foram observados em participantes com alto consumo de café e índice de massa corporal elevado, e os menores picos foram observados em baixos consumidores de café e IMC normal. Os valores de glicose se comportaram de forma semelhante. Nota-se também um melhor perfil insulínico e glicêmico entre os sem antecedentes familiares de DM2. Verifica-se a necessidade da realização de um modelo de regressão que controle variáveis influenciadoras dessas respostas para que as conclusões sejam obtidas. Nessa análise preliminar se verifica, como esperado, a influência do IMC e da carga genética predisponente nos níveis de insulina e glicose.
Coffee is a functional food with important characteristics for diseases prevention and health maintenance. Retrospective researches attribute protection role against type 2 diabetes (DM2). Thus, this study aims were to verify the association among coffee intake and socio-behavioral parameters and risk for DM2 in adults living in Federal District, Brazil, and to determine coffee effects to glucose and insulin responses by performing a Meal Glucose Tolerance Test (MGTT). This is a cross-sectional study with a sample of 71 non-diabetic subjects, with or without family history of DM2, invited to take a MGTT. All participants were regular coffee drinkers and received a breakfast containing 75 g of carbohydrates. Blood collection was done in time points of -10, 0, 10, 15, 30, 60, 120, 150 e 180 minutes after meal intake. Weight and height were measured in order to perform body mass index (BMI) calculations. Coffee intake pattern and socio-behavioral aspects were obtained by a questionnaire applied before the MGTT. There were no significant differences among coffee intake groups and age, physical activity, tabagism and alcohol intake. In insulin curves, according to coffee intake and BMI, it was verified that the highest medium peaks were observed in high-coffee drinkers and high-BMI participants. While minors peaks were observed in lowest-coffee drinkers and normal-BMI. Glucose values had similar behavior. It was noted a more favorable insulinemic and glycemic profile among non-family history of DM2 group. A regression model will be used to control these confounding variables in order to obtain better conclusions. In this preliminary analysis, as expected, it was verified the effect of BMI and genetic background on glucose and insulin response.