O estado de Minas Gerais é responsável por aproximadamente 50% da produção nacional de café, sendo que 50% dos produtores enquadram-se dentro da agricultura familiar (0 – 100 ha). A Zona da Mata mineira é a região onde se encontra uma das maiores concentrações de pequenas propriedades do estado. A cultura de café é uma das principais atividades produtivas da região, praticada em solos de encosta, principalmente por pequenos agricultores familiares. Na Zona da Mata-MG vêm se desenvolvendo experiências de agricultores familiares organizados, que produzem café orgânico certificado ou associado com espécies nativas ou principalmente leguminosas. O feijão-de- porco é uma das espécies de adubo verde mais propicias para o cultivo consorciado, possibilitando seu sombreamento parcial pela cultura principal. Outra espécie de elevado potencial de consorciação é a labe-labe, que possui crescimento inicial lento e alta capacidade de se desenvolver e acumular massa. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de duas espécies e épocas de manejo no crescimento inicial do café. O experimento foi conduzido na Horta de Pesquisa da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG. O experimento foi instalado em esquema fatorial (2x4)+1, sendo 2 consórcios com o café (café+feijão-de-porco e café+labe-labe), 4 épocas de convivência do café com as leguminosas (30, 60, 90 e 120 dias após o plantio da leguminosa) e um tratamento adicional (testemunha absoluta), em delineamento em blocos casualizados, com 5 repetições. As variáveis avaliadas no crescimento inicial dos cafeeiros foram altura e diâmetro de copa das plantas. As variáveis avaliadas nas leguminosas foram produção de massa fresca e seca, sendo estas cortadas ao nível do solo nas diferentes épocas de manejo, conforme o tratamento, deixando a massa restante sobre o solo, junto aos pés de café. O uso dos adubos verdes feijão-de-porco e labe-labe cultivados em consorciação com o café e cortados aos 30 e 60 DAS não influenciaram na altura e diâmetro das plantas de café. Os valores médios de matéria fresca e matéria seca não diferiram significativamente nos manejos de 60, 90 e 120 DAS. Os teores de matéria seca do feijão-de-porco foram superiores aos teores do labe-labe em todas as épocas.
The state of Minas Gerais is responsible for approximately 50% of national production of coffee, and 50% of producers shall fall within the family farm (0 - 100 ha). The Zona da Mata is a region where mining is one of the largest concentrations of small properties in the state. The culture of coffee is one of the main productive activities in the region, using the slope of land, mainly by small farmers. In the Zona da Mata-MG have been developing experience of organized farmers who produce certified organic coffee or associated with native species or mainly legumes. The jack bean is a species of green manure more favorable for the cultivation intercropped, allowing a partial shading by the main crop. Another kind of high potential of intercropping is the lab-lab, which has slow initial growth and high capacity to develop and accumulate mass. The aim of this study was to evaluate the effect of both species and time management in the initial growth of the coffee. The experiment was conducted at Horta Research at the Federal University of Viçosa, in Viçosa, MG. The experiment was conducted in a factorial (2x4) +1, 2 consortia with the coffee (coffee + jack bean and coffee + lab-lab), 4 seasons of coffee with the legumes (30, 60, 90 and 120 days after planting the legume) and an additional treatment (absolute) in randomized block design with 5 replicates. The variables evaluated in the initial growth of coffee were height and diameter of the plant canopy. The variables evaluated in the production of legumes were fresh and dry weight, being cut at ground level in different seasons of management, as the treatment, leaving the mass remaining on the soil, along the foot of coffee. The use of jack bean and lab-lab grown in association with the coffee and cut at 30 and 60 DAS (days after sowing) did not affect the height and diameter of the coffee plants. The average values of fresh weight and dry weight did not differ significantly in the management of 60, 90 and 120 DAS. The dry matter of jack beans levels was higher than those of lab-lab in all seasons.