Resumo:
A cultura do café é de grande importância econômica no Brasil e no mundo. Tradicionalmente o café arábica é propagado por sementes, devido à dificuldade no enraizamento das estacas e à ausência de efeitos deletérios causados por autofecundações. O desenvolvimento e lançamento de cultivares melhoradas habitualmente demandam mais de 30 anos para que as características desejadas estejam estabilizadas, a utilização da propagação vegetativa pode ser uma alternativa para reduzir esse tempo. O procedimento usual seria a propagação por meio de miniestacas, mas os cafeeiros da espécie arábica não produzem naturalmente um grande número de ramos ortotrópicos, dificultando a multiplicação por estaquia. Esse trabalho tem como objetivo aumentar o número de brotações laterais com a utilização de diferentes doses do regulador de crescimento TIBA, possibilitando a propagação vegetativa em escala comercial. O experimento foi conduzido em casa de vegetação com delineamento experimental de blocos casualisados, com 8 tratamentos, 4 blocos, e 2 repetições, gerando um total de 64 unidades experimentais. Os tratamentos propostos foram: T1 (Controle); T2 (200 ppm); T3 (250 ppm); T4 (300 ppm); T5 (350 ppm); T6 (400 ppm) T7 (450 ppm); T8 (500 ppm). Após 15 dias do transplante das mudas foi realizada a poda do meristema apical e 7 dias depois a pulverização nas folhas e caules do regulador de regulador de crescimento TIBA (ácido 2,3,5-triiodobenzóico). A avaliação foi realizada ao passar 30 dias mensurando o número de brotações, comprimento das brotações, diâmetro da planta, o número de folhas e teor de clorofila pelo índice SPAD. Os dados obtidos foram submetidos a análises de variância. Não houve diferença significativa entre as medias das variáveis, com exceção do número de brotações onde os tratamentos T5 e T7 proporcionaram medias superiores ao tratamento testemunha (T1). Dessa maneira, conclui-se que inicialmente os tratamentos T5 (350 ppm) é o mais indicado para compor o protocolo, sendo o que tem uma concentração menor do regulador de crescimento TIBA, tornando-se mais econômico se comparado ao tratamento T7 (450 ppm), porém apresentando resultados satisfatórios.